terça-feira, 10 de abril de 2012

Nightmares

 
Noite passada tive o pior pesadelos de todos. O da morte dos meus pais. De um jeito maluco tudo aconteceu, e eu sem saber o que fazer só me via aos choros e preces de ‘‘não vão’’. De maneira muito estranha, a morte já havia acontecido mas eles ainda estavam comigo em casa, arrumando as coisas para partir, como se a morte fosse encarada do jeito que deveria ser, uma viagem. Acordei agarrada as cobertas do mesmo jeito que no sonho estava agarrada ao meu pai, aquele que sempre estaria alí para eu me apoiar. Os olhos, ah os olhos estavam secos, mas que a uma piscada no escuro do quarto, derramaram todas as lágrimas que neles continham.  Por ininterruptos 15 ou mais minutos  chorei, solucei e a imagem da partida dos meus pais, de maneira alguma saia da memória.
Foi só um sonho ruim, mas que faz pensar como os sonhos nos beliscam para a vida real. Mãe e Pai deveriam, mas não são eternos. Quando penso nisso, me arrepio só de cogitar que um dia irão nos deixar. Por isso tudo o que fazemos é nada comparado ao que deveríamos fazer. As pessoas mais importantes da nossa vida um dia cuidarão de nós de um outro lugar. Melhor, eu diria, para eles.

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